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Veneza é uma cidade misteriosa. Um local onde a beleza se contrasta com a impureza de seus canais, onde a jovialidade típica italiana se rebate com um cenário formado pelo místico, o oculto e o estranho. Entre ruas e canais, entre montras repletas de vidros de Murano e máscaras de fabrico artesanal, são várias as sensações e os mistérios que envolvem quem anda por veneza, que facilmente se perde nos labirintos e segredos dessa sombria cidade atemporal...





A CIDADE DOS POMBOS
Veneza possui características singulares que fa¬zem dela uma cidade única. À frente seguem descrições de aspectos importantes da cidade:

POMBOS
As condições climáticas, bem como a formação insular e até mesmo a arquitetura venezianas propiciaram uma infestação de pombos pela cidade. O volume dessas aves chega a ser assustador em determinadas épocas do ano. A quantidade de pombos é tão grande que, obser¬vando-se a praça de São Marcos do alto notam-se vários aglomerados escuros pelo chão.
Movimentos para extermínio dessas aves ini¬ciaram-se há bem pouco tempo. Eles alegam que seu volume exagerado pode prejudicar o equilíbrio ambiental e trazer doenças à população de Veneza. Todavia, os pombos já tornaram-se uma marca da cidade, uma atração turística ou bem mais do que isso...

CLIMA
Veneza possui um clima temperado. Suas dife¬renças climáticas são relativamente acentuadas, todavia a umidade é constante. Nos meses frios a temperatura pode variar entre 0° C e 18° C, e os meses mais quentes têm temperaturas médias superiores a 22° C.
São meses ensolarados fevereiro e julho, me¬ses mais quentes e secos do ano. Em janeiro, agosto e dezembro o tempo é parcialmente nublado. Já no restante a variação é entre nublado e chuvoso. O clima é muito úmido em todo o ano.
GEOGRAFIA E AMBIENTE URBANO
Apesar de nos referirmos a Veneza como uma ilha, a cidade é formada, na verdade por mais de 130 ilhotas e uma parte continental. Além da formação central fazem parte do cenário veneziano as ilhas de Giudecca, San Gior¬gio, La Grazia, Sacca Sessola, Murano, Burano, Torcello e o Lido de Veneza – que separa a Laguna do Adriático – além dos distritos de Marghera e Mestre, localizados no continente. As ilhas são separadas por quase duzentos canais e “costuradas” por mais de 400 pontes que ligam a cidade. Em época de chuvas um cheiro desagradável emana dos canais.
A cidade localiza-se na Laguna, a qual está situada no Golfo de Veneza, no mar Adriático. O acesso a Veneza é feito por trem, parando na estação de Santa Lúcia, já na ilha central; de avião, através do aeroporto Marco Polo, situado em Mestre; ou por automóveis e ônibus, vindos da rodovia Torino-Veneza. No entanto, nas porções insulares não é permitido o tráfego de veículos automotores. Todo o transporte urbano é feito por embarcações, onde as antigas gôndolas a remo se confundem com os Vaporetti, e os barcos-taxi. Em solo a circulação é feita a pé. Apenas na parte continental da cidade é que se permitem veículos motorizados.
Também é possível chegar a Veneza por via marítima, todavia, o tráfego de embarcações entrando e saindo da Laguna é prioritário para o transporte de mercadorias.
ECONOMIA
A principal fonte financeira da cidade é o turismo. São tantos os turistas que vão à Veneza todos os anos que o local tem uma população flutuante equivalente à população permanente. Isso significa que sua população gira em torno de setecentos mil habitantes, sendo pelo menos trezentos mil formado por turistas que vêm e vão, todos os dias.
A fabricação de vidro em Murano também é outra fonte de renda. As fábricas são tradicionais, datando, algumas, do fim da Idade Média. São conhecidas pela bela arte no vidro, com peças que chegam a custar o mesmo que um carro.
O centro industrial de Veneza está mesmo situado no con¬tinente. Destaca-se a indústria têxtil, que contribui com boa parte da economia da cidade. Excetuando-se o turismo é essa atividade a mais rentável do local, juntamente com outras variadas indústrias.
LÍNGUA
O idioma oficial de Veneza é o Italiano. Entretanto, existe um dialeto chamado Vêneto, típico do local, que também é muito utilizado. Não é difícil encontrar pessoas que falam o Austríaco ou o alemão, devido à colonização da Áustria. O inglês também é popular em Veneza, dado a característica turística da cidade.
ARTE E ARQUITETURA
Veneza é cosmopolita até mesmo na arte e na arquitetura. A arte veio a tornar-se mais miscigenada com o advento dos estilos modernistas e pós-modernistas. Já a arquitetura veneziana foi modifi¬cando-se ao longo do tempo, com a chegada de novas influências.
as obras renascentistas. Os grandes nomes da pintura veneziana são da renascença, ainda que esta tenha ocor¬rido de forma tardia na cidade. Os precursores do estilo foram os Belline - Jacopo, o pai e Gentille e Giovanni, os filhos. Eles fundaram a primeira grande Bottega (ateliê) e seus alunos deram continuidade aos seus trabalhos (entre eles Vittore Carpaccio e Giorgione). Todavia os grandes nomes da arte em Veneza foram Ticiano, Tintoretto, Veronese, Canaletto e Tiepolo. Seus trabalhos foram encomendados por Papas, Imperadores e grandes nomes da história. Foram encarregados de decorar com sua arte o interior de importantes con¬struções de Veneza, como o Palácio Ducal, a Biblioteca Marciana, várias igrejas e muitos outros. Tiepolo soube utilizar-se de seu dom de forma impressionante, e con¬seguiu vários segredos através disso.
Hoje Veneza ainda é uma cidade que respira arte. As galerias da Accademia mostram exposições constante¬mente, excetuando-se as que são fixas. A Bienal de Veneza é outro exemplo de como a arte faz parte da vida dos venezianos. Arte e cultura caminham juntas e, na Cidade dos Pombos, isso é ainda mais patente.

FESTIVIDADES DE VENEZA
Veneza possui várias festividades e comemora¬ções durante o ano. Muitas delas são de cunho religioso, outras apenas tencionam reviver um momento histórico da cidade. O fato é que esses eventos são utilizados como pano de fundo ou como uma cortina a fim de encobrir ativi¬dades das Ordens, Seitas e Sociedades na Guerra Santa. Seguem abaixo as principais festividades de Veneza, em ordem cronológica:
• Regata da Epifania (6 de janeiro): conta a lenda que Befana (ou Epifania), uma velha mulher traz presentes às crianças nesta noite. Os venezianos comemoram esta data com uma corrida de gôndolas guiadas por idosos fantasiados de Befana.
• O Carnaval Veneziano (5 a 16 de fevereiro): tradição herdada dos bárbaros, o carnaval veneziano é a comemoração da cidade mais conhecida mundial¬mente. Diferente do que ocorre no Brasil ou em outros países, o carnaval veneziano não existe por uma orga¬nização ou empresas que o mantêm no calendário de festas veneziano. A festa é feita pelas pessoas que se fantasiam apenas com a intenção de viver, naqueles dias, um personagem ou uma identidade diferente. O que importa na festividade é permanecer no completo anonimato. Daí o misticismo do Carnaval de Veneza: por trás de uma máscara pode estar uma personalidade famosa, um inimigo perigoso, uma linda mulher ou mesmo um figurão político. Essa liberdade oferecida pela festa pode torná-la demasiadamente perigosa e tentadora. Viver Il Carnevale Veneziano é uma grande aventura.

• Quinta-feira Santa: o Bispo dá a bênção do fogo na Basílica de São Marcos.
• Festa de São Marcos (25 de abril): a data do ro¬mantismo em Veneza. Os homens oferecem rosas em botão às suas amadas. Conta-se que nesta data o espírito de São Marcos emana sua energia por toda a cidade.
• Vogalonga (início de maio): Corrida de embarcações a remo. Partida da Bacia de São Marcos, contorno às ilhas da Laguna e retorno pelo Grande Canal.
• Sensa (final de maio): núpcias de Veneza com o mar, repetindo o gesto do Doge Pietro Orseolo.
• Bienal na Ilha de Sant’Elena (junho a setembro): uma das maiores bienais da cultura do mundo. Artes plásticas, livros, esculturas, ciências e todo o tipo de manifestação cultural que se tem conhecimento.
• Festa do Redentor (3º domingo de julho): na ilha da Giudecca. A festa remonta a 1576, época do Doge Alvise Mocenigo I. Uma ponte de barcos atravessa o canal de São Marcos, permitindo que uma procissão passe sobre eles. A festa termina com uma demonstração de fogos de artifício.
• Regata Histórica (1º domingo de setembro): relem¬brando os grandes momentos de guerra na história de Veneza, quatro regatas são disputadas no Grande Canal. São elas: a Regata dos Jovens, a das Mulheres, o dos Caorline (barcos de seis remadores) e a dos Gondolini (gôndolas pequenas). As pessoas usam trajes de época e um grande cortejo histórico acontece depois da regata. Essa data evoca os espíritos dos antigos guerreiros mor¬tos. Conta-se que de seus corpos no fundo dos canais emana uma energia mística que renova os anseios de cada um na cidade.
• Festa do Peixe (3º domingo de setembro): ocorre em Burano. A festa comemora a fertilidade do mar. Degusta-se muito peixe acompanhado de polenta (purê de milho) e vinho branco. Há também uma regata.
• Festa da Saúde (21 de novembro): a festa comemora a construção da Igreja La Salute e o fim da Peste
• Festival de Cinema: ocorre no Lido. É um dos festivais de cinema mais respeitados do mundo.

VENEZA PASSO A PASSO
Segue abaixo uma breve descrição dos locais mais importantes de Veneza, apresentando suas car¬acterísticas físicas, sua importância no contexto do cenário e quaisquer traços espirituais que possua. Veja suas localizações no mapa.
• Praça de São Marcos: foi um dos cenários explorados no filme Indiana Jones a Última Cruzada. A praça foi o primeiro porto de Veneza e é conhecida como um gigantes¬co salão ao ar livre. Seus cafés têm orquestras permanentes que entoam sonatas enquanto os pombos povoam todo o ambiente. O local pode ser considerado o centro de Veneza. A praça abre-se do mar com duas colunas paralelas. Uma possui em seu topo uma estátua do Leão de São Marcos e a outra de São Teodoro. No passado, entre essas colunas
O nascimento de Veneza, em Torcello, deu-se numa época em que o poder do Bizâncio era extremamente elevado. A influência da arquitetura bizantina era trazida, principalmente, pelos comer¬ciantes que faziam suas rotas para o oriente. A Basílica de São Marcos é um exemplo claro dessa influência. Todavia, sendo Veneza uma cidade do norte, também recebeu o influxo dos franceses e germânicos com o estilo gótico. Esse, de encontro com as idéias orientais, inau¬gurou um estilo único no mundo: o gótico florido. O Palácio Ducal, o Ca’Doro, o Ca’Foscari e o Ca’Giustinian são exemplos desse estilo Veneziano. As obras renascentistas na cidade foram inauguradas com um grande atraso em relação à renascença no restante da Itália, mas são também marcantes. Além disso existem várias edificações em barroco veneziano e, em Marghera e Mestre, construções modernas, com traços até mesmo futuristas.
Veneza, por si só, é uma grande obra de arte. Não é por menos que vários artistas retrataram-na em suas telas de forma brilhante e com um realismo arrebatador. Ao contrário da arquite¬tura, as pinturas em estilo bizantino não são o destaque e sim os condenados eram executados, hoje os venezianos supersticiosos evitam passar entres elas.

• Basílica de São Marcos: a edificação atual é a terceira no mesmo local, datando de 1094. A Basílica foi concebida sobre o plano de uma cruz grega, sendo cortada por cinco cúpulas, as quais correspondem às cinco portas de entrada. Cada portão possui um mosaico em uma arcada superior, dos quais apenas o central ainda é original e representa a vinda do corpo de São Marcos. O interior da Basílica é todo revestido por mosaicos e a riqueza em ouro é impressionante. São mais de 4000 m² revestidos em ouro, dos séculos XI e XIII. A cúpula mais antiga é a da direita, onde há um losango branco marcando o ponto em que Frederico Barba-Ruiva ajoelhou-se frente ao Papa. Todavia, o local em que pode-se sentir realmente o que a Basílica representa é próximo ao altar-mor, sob o qual um sarcófago guarda o corpo de São Marcos e, atrás do qual, encontra-se a rica Pala d’Oro, que guarda relíquias da Igreja.


• Palazzo Ducale – Palácio Ducal: como a Basílica de São Marcos, o Palácio Ducal também é o terceiro no mesmo local. Os primeiros eram grandes fortalezas medievais e o edifício atual só começou a ser construído em 1345. Trata-se de um dos maiores exemplos de arquitetura civil gótica. Em 1574 e 1577 dois incêndios ocorreram, devastando o edifício. O palácio possui três andares. No térreo, onde há o grande pátio interno, ocorriam as funções cotidianas da magistratura. O primeiro andar era destinado aos apartamentos dos Doges. Hoje encontra-se aberto ao público, ainda que algumas salas e quartos mantenham-se fechadas. O lugar é um verdadeiro labirinto de quartos, em cujas portas encontram-se símbolos que identificavam seus ocupantes. O último andar abre-se com a Sala del Collegio, onde os Doges e conselheiros recebiam embaixadores e diplomatas Venezianos. Neste andar também encontra-se a Sala della Bussola, onde aguardavam aqueles que seriam interrogados pelo Conselho. Nessa sala encontra-se a “boca do leão”, uma urna secreta onde eram depositadas denúncias a serem entregues ao Doge. Por fim, encontra-se a Sala del Maggiore Consiglio, o mais rico, belo e decorado salão do palácio. Era usado para acolher as grandes re¬uniões entre o Doge e o Conselho.


• Catedral de Santa Maria de La Salute: construída sobre mais de um milhão de pilotis de madeira, essa é uma das mais majestosas igrejas de Veneza. Foi concluída em 1630 em homenagem à Santa Maria da Saúde, pelo fim da Peste Negra que dizimou um terço da população da cidade. Na verdade a edificação foi obra da Ordem Hospitalária que ajudara a combater a Peste e livrara-se, a pouco, da ameaça turca. A nave central da igreja foi construída sobre um plano octogonal (plano da Estrela de Maria) e toda ornamentada com obras de Ticiano, Tintoretto e outros artistas da renascença. Sua entrada é feita por uma imensa escadaria.



• Accademia de Belas Artes: abriga uma das mais importantes coleções de pinturas da Europa. Foi construída em 1760.

• Ca’Foscari: Francesco Foscari mandou que derrubassem o antigo palácio que ali existia para que fosse construído esse majestoso edifício. Uma semana após ser obrigado a renunciar ao governo de Veneza, Fos¬cari morreu em seu quarto nesse palácio. Seu espírito, atormentado e confuso, nunca mais abandonou o local. Conta-se que Henrique III, quando em visita à Veneza, hospedou-se no Ca’Foscari e saiu da cidade assustado com o que ocorrera no palácio. Hoje no local funciona a Universidade de Veneza. • Fondaco Dei Turchi – Museu de História Natural: era o armazém particular dos comerciantes turcos na cidade entre 1621 e 1838. É uma rica edificação, datada do século XIII, porém foi quase toda reconstruída, abrigando, hoje, o Museu de História Natural de Veneza.


• Biblioteca Marciana: uma grande biblioteca rica¬mente decorada com obras de Veronese e Tintoretto. Sua construção iniciou-se em 1537. É também chamada de Libreria Vecchia ou Libreria Sansoviniana. O grande Salão Dourado reúne obras muito raras. Ao contrário de outras bibliotecas a visita a esta tem que ser marcada com antecedência.


• Museu Corrèr: a antiga mansão da família Corrèr tornou-se o Museu Histórico de Veneza. Ilustra a história da cidade, dando ênfase à era Napoleônica.


• Arsenale Di Venezia: era o ponto de partida dos navios de guerra venezianos. Cercado por muralhas e torres me¬dievais, foi citado por Dante em sua Divina Comédia. Sua abertura marítima foi construída nos séculos XII e XIII e a terrestre em 1460. Trata-se de um grande corredor aquático onde os navios eram armados para guerra e partiam para o combate. Hoje o arsenal foi desativado e uma parte funciona como doca.


• Museu Histórico Naval: conta a história naval de Veneza através de maquetes das esquadras Venezianas. A peça mais rica do museu é o Bucintoro, embarcação ornamen¬tada em ouro que era usada pelos Doges.


• Ca’Rezzonico – Museu do Setecentismo: retrata a vida em Veneza no século XVIII. No térreo e no primeiro andar estão o Salão do Baile e a Sala do Trono, cujo teto foi pintado por um dos Tiepolo. O segundo andar é de luxuosos apartamentos privados.


• Ca’Doro: abriga o museu de Arte de Veneza, ou a Galeria Franchetti. É um dos mais belos palácios ao longo do Grande Canal, em estilo gótico florido, aberto ao nível da água. Seu nome deve-se a pintura dourada de suas paredes, da qual resta apenas uma fina camada sobre a pedra branca. Sua construção é de 1400.

• O Gueto: é a residência dos Judeus em Veneza. O bairro já não é mais cercado por muros espessos, mas apenas pelos pequenos rios que o envolvem. Foi instituído em 1516, sendo considerado o mais antigo do mundo e hoje se divide em Gheto Nuovo e Gheto Vecchio. Há cinco sinagogas, todas datadas do século XVI. Ainda que três destas estejam abertas à visitação, não há como identi¬ficá-las, pois não há placas ou outros indicadores de que determinadas casas são sinagogas. Elas confundem-se com os outros edifícios. Existe, ainda, o museu da Comunidade Hebraica, com uma coleção de artefatos judaicos antigos. São raros indícios de violência no local. Acredita-se que em todo o bairro existam corredores e ruas secretas, bem como pas¬sagens subterrâneas e esconderijos utilizados pelos Judeus durante os séculos de perseguição. Outros pontos importantes na ilha central de Veneza são: o Campanário, uma grande torre na Praça de São Marcos terminada em 1514 e reconstruída em 1902, depois de desmoronar-se por completo; a Torre do Relógio, terminada em 1499, chama a atenção pelo seu enorme relógio astronômico e pelas estátuas de dois mouros em seu topo, que tocam o sino a cada hora; o Gardini Reali, um dos raros espaços verdes da cidade; o Ca’Giustinian (abriga serviços administrativos), o Palácio Gritti (tornou-se um hotel), o Palácio Corner della Ca’Grande (sede da prefeitura), o Ca’Grassi (hoje centro de convenções e exposições), o Palácio Grimani (sede da corte de apelações, tribunal, forum), e muitos outros, todos palácios de antigas famílias aristocráticas venezianas; a Ponte dei Sospiri, ponte fechada que le¬vava ao antigo Presídio atrás do Palácio Ducal; a Riva degli Schiavoni, o antigo cais onde hoje estão hotéis e bares; além de muitas Igrejas, Palácios e outros pontos que podem ser visualizados no mapa.


AS OUTRAS ILHAS
Existem outras ilhas que formam Veneza. São elas:
• San Giorgio Maggiore: as primeiras construções da ilha foram as do mosteiro beneditino de San Giorgio Maggiore, fundado no século X. No entanto, em 1430 um banqueiro fiorentino decidiu fazer um retiro espiritual no local oferecendo em troca aos monges os serviços de seu arquiteto particular. A partir daí a ilha passou a ser o foco de ricos mecenas. Assim, no final do século XVIII, já era permeada por edifícios e jardins de arte, criados pelos mais renomados arquitetos italianos. A ilha foi ocupada pelas tropas francesas em 1803, devido à sua localização estratégica. Hoje, além de umas poucas residências, o local abriga o mosteiro e a Fundação Cultural Cini, cujo fundador foi responsável por toda a reforma do conjunto arquitetônico após a II Guerra.


• Giudecca: a ilha já foi a morada dos ricos venezianos, mas hoje tornou-se o subúrbio de Veneza. A Giudecca é um dos raros lugares da cidade onde o moderno se contrasta com o antigo. A implantação de usinas no local deu-lhe um novo aspecto e os únicos monumentos que encontram-se em seu estado quase original são a Igreja Il Redentore (de 1576) e a Igreja della Zitelle.


• Murano: a ilha foi um dos locais preferidos dos nobres venezianos no século XVI.Formada por cinco ilhotas interligadas por pontes, o local foi próspero e rico. Hoje, sobrevive através da arte do vidro, com suas antigas fábricas. A ilha possui apenas duas igrejas, pouco em detrimento das 17 que já teve um dia. A mais importante é a Igreja Santi Maria e Donato, datada de 1140, em estilo vêneto-bizantino. Outro ponto importante da ilha é o Museu do Vidro, onde encontra-se toda a história da arte em vidro mostrada por peças romanas, egípcias e fenícias.



• Burano: habitada em sua maioria por pescadores, a ilha é conhecida por suas casas coloridas. Seus habitantes pintam as casas algumas vezes por ano em virtude da maresia. A economia do local gira em
torno da pesca e das rendas feitas por hábeis senhoras. A tradição da renda é secular em Burano.


• Torcello: foi nessa ilha que começou o povoamento da Laguna. O local foi o berço do catolicismo em Veneza, chegando a ter até um bispado. A Catedral de Santa Maria Assunta (iniciada em 639 e terminada em 1008) é a grande obra da ilha. Sua arquitetura é bizantina, com mosaicos luminosos como o famoso Juízo Final. Outra igreja do local é Santa Fosca, conhecida como local de paz interior e harmonia.


• Lido: é uma barreira que separa a Laguna Vêneta do mar Adriático. O Lido é a estação balneária de Veneza, onde as pessoas vão em busca de praia, jogos e diversão. O local foi freqüentado por grandes artistas e escritores de todo o mundo. É no Lido que ocorre o Festival de Cinema de Veneza, onde há cassinos luxuosos e todo o tipo de ostentação.

A Laguna Vêneta é formada, ainda, por várias outras ilhotas que formam diversos outros pontos na água. O mapa apresenta a localização de cada uma delas. De todas as ilhas não citadas acima a mais importante é a Ilha Madonna del Monte, na qual localiza-se o Mosteiro de São Francisco do Deserto.

O CONTINENTE
Além das porções insulares, Veneza é formada também pela sua parte continental. Os distritos de Marghera e Mestre são as porções mais recentes da cidade e, por conseguinte, mais modernas e industrializadas. O porto Industrial de Marghera é moderno e exporta mercadorias para o mundo inteiro. Sendo um centro comercial em expansão é lá que está empregada a maioria da população de Veneza. Marghera e Mestre são ícones da sociedade capitalista na cidade.

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